domingo, 23 de dezembro de 2012

"A Revolta de Atlas" de Ayn Rand

Ai galera que gosta de ler muito:
Vou enviar uma dica dê leitura para as férias:
 
"A Revolta de Atlas" de Ayn Rand

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Televisão – a hora da qualidade Carlos Alberto Di Franco



Televisão – a hora da qualidade
Carlos Alberto Di Franco

São Paulo (SP) - Os pontos de audiência conquistados pelas emissoras de TV com a exibição de cenas de sexo e de violência podem representar uma miragem para o mercado publicitário. O alerta foi dado por uma pesquisa da Universidade americana (EUA).
O estudo detectou uma dupla ação das chamadas “telas quentes”: ao mesmo tempo que atraem mais telespectadores, elas inibem a memória do público na hora do intervalo comercial. Segundo o professor Brad Bushman, coordenador da pesquisa Violence and Sex Impair Memory for Television Ads (Violência e Sexo Prejudicam a Memória para Anúncios de Televisão), “as propagandas veiculadas em programas sem sexo e sem violência, o que chamamos de ‘neutros’, têm mais ‘recall’ do que os exibidos no intervalo de filmes e seriados com esses elementos”.
A pesquisa constatou que telespectadores dos programas neutros se lembram 67% mais dos comerciais exibidos durante a programação do que aqueles que vêem programas com conteúdo violento e sexual. A mesma sondagem feita 24 horas depois concluiu que telespectadores de programas neutros se recordam 60% mais do que os outros. Conclusão: violência e sexo certamente têm mais audiência, mas não vendem. Trata-se de um recurso antiético e comercialmente incompetente.
O trabalho faz parte de um amplo estudo de Bushman sobre a qualidade da programação. Na pesquisa anterior, o professor concluiu que a repercussão social desses conteúdos não é apenas negativa para anunciantes, mas para a sociedade. “A violência na TV contribui para o aumento da violência e o sexo amplia as atitudes agressivas em relação ao amor, ao próprio sexo e estimula a promiscuidade”, sublinha. O pesquisador acredita que o resultado de seu estudo também deve promover uma revisão na percepção do mercado publicitário, acostumado a valorizar os pontos no Ibope para anunciar. “Isso é uma falácia. Mais do que uma grande audiência, o importante é que os produtos sejam memorizados pelo público. E isso não ocorre”, conclui Bushman. Quer dizer, programa de mulher pelada ou de violência gratuita pode produzir descargas de adrenalina, mas não é o melhor espaço para a promoção de anúncios publicitários.
A pesquisa do professor Bushman não é inédita, mas é séria, fundamentada e completa. Vale, sem dúvida, uma reflexão. Se quisermos uma TV de qualidade, precisamos separar o exercício da liberdade de expressão da prática do entretenimento mundo-cão. Como salientou Arnaldo Jabor, há uma liberdade de mercado que produz um ‘mercado da liberdade’. De resto, mesmo que exista uma demanda de vulgaridade, deve-se aceder a ela? Suponhamos que exista um público interessado em abuso sexual de crianças, assassinatos ao vivo, crimes desse tipo. Nem por isso, a TV deveria ter programas especializados em pedofilia e assassinatos. O mercado não é um juiz inapelável. Não se deve atuar à margem dele, mas não se pode sobrevalorizá-lo.
Muita gente, dentro e fora da TV, está empenhada na batalha da qualidade. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, por exemplo, está liderando um movimento contra a má qualidade da programação das emissoras. Com o slogan “Quem financia a baixaria é contra a cidadania”, Orlando Fantazzini, deputado federal (PT-SP) e presidente da comissão, quer incentivar os consumidores a não comprarem produtos das empresas que patrocinam esses programas. A idéia é criar uma espécie de selo de qualidade. Os produtores e patrocinadores de programas de baixo nível são informados a respeito da desqualificação dos seus programas. A falta de ética pode pesar no bolso. É um bom começo. Democrático e legítimo. No próximo dia 19 (N.E. 19/11/2004), em Curitiba, participarei com o deputado Fantazzini de um debate sobre os rumos da TV brasileira. O evento será promovido pelo Instituto de Ensino e Fomento – IEF ( www.ief.org.br). A discussão, aberta e serena, trará, estou certo, uma contribuição positiva para a melhora da qualidade ética da TV.
Vejamos televisão, mas não sejamos teledependentes. E, sobretudo, cobremos qualidade. A programação piora quando o exercício da cidadania encolhe. A TV não mudará com anacrônicos apelos ao retorno da censura nem com o pessimismo amargo dos moralistas de sempre. Melhorará, sim, com a crítica racional, fundamentada e bem-intencionada dos que estão de bem com a vida. Você, caro leitor, pode fazer muito.

Disponível: http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo311.shtml.  Acesso: 12/11/12.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Questões de Filosofia - Vestibular UNISC/2013




(UNISC-2013)
31. “A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana, sem antes tê-los investigado, examinado e compreendido”, define:
a) a Ciência.
b) a Filosofia.
c) a Arte.
d) a Moral.
e) a Ética.

(UNISC-2013)
32. Na sua obra Ética a Nicômaco, Aristóteles afirma que o bem mais alto, o fim supremo da existência humana é a felicidade. Escreveu ele:
“A julgar pela vida que os homens levam em geral, a maioria deles, parecem identificar o bem ou a felicidade com o prazer. Pode-se dizer, com efeito, que existem três tipos principais de vida: a que acabamos de mencionar, a vida política e a contemplativa. A grande maioria dos homens se mostra em tudo igual aos escravos, preferindo uma vida bestial. As pessoas de grande refinamento e índole ativa identificam a felicidade com a honra; pois a honra é, em suma, a finalidade da atividade política. Quanto à vida consagrada ao ganho, é uma vida forçada, e a riqueza não é evidentemente o bem que procuramos: é algo de útil, nada mais, e ambicionado no interesse de outra coisa”.
Leia as seguintes afirmativas sobre o trecho que acabamos de citar.
I- Aristóteles considera que, se os seres humanos levassem uma vida dedicada ao prazer, eles não difeririam muito dos animais.
II- Para Aristóteles, a finalidade da atividade política é a conquista do poder.
III- Segundo Aristóteles, a felicidade resulta da posse de riquezas.
IV- Pode-se inferir, a partir da leitura do texto, que, para Aristóteles, se o homem pudesse conseguir a felicidade, ela se encontraria na vida contemplativa.
V- Aristóteles dá mais valor a uma vida dedicada à honra que àquela voltada ao prazer.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I está correta.
b) Somente as afirmativas I, IV e V estão corretas.
c) Somente a afirmativa IV está correta.
d) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
e) Somente a afirmativa V está correta.

(UNISC-2013)
32. A República, de Platão, é um diálogo que pode ser localizado no “período intermediário” da escritura de Platão. É lá que ele dá consistência à Teoria das Ideias  e, especialmente, discute a forma da Justiça e suas implicações éticas. A partir de que mito, contado por Glauco, tem-se a exposição da tese de que os homens só são justos/éticos porque temem o castigo que lhes seria imputado?
a)O mito da caverna.
b)O mito de Er.
c)O mito do Anel de Giges.
d)O mito das três almas.
e) Nenhuma das respostas se aplica ao que foi perguntado.

Cibridismo: ON e OFF line ao mesmo tempo



Cibridismo: ON e OFF line ao mesmo tempo

Essa barreira entre ON e OFF foi se dissolvendo aos poucos conforme as tecnologias móveis começaram a popular o cenário social.
Em meio a tantas tendências que emergem em função da intensa aceleração da penetração de novas tecnologias na sociedade, acredito que a que permeia tudo é a integração do online e do offline. Há dez anos éramos predominantemente OFF. Nos últimos anos, começamos a nos tornar ON. No entanto, até recentemente existia uma separação física necessária entre ON e OFF, pois para estar ON, precisávamos usar um equipamento fixo que nos transportava para o lá. Essa barreira entre ON e OFF foi se dissolvendo aos poucos conforme as tecnologias móveis começaram a popular o cenário social, e muita gente ainda não percebeu que isso já é realidade.
            Na última década, ficamos encantados com as novas tecnologias e suas possibilidades, e a atenção estava em tentar entender esse momento mágico, de ser ON. Como bem colocado na terceira lei das previsões, de Arthur Clarke, "toda tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de mágica". Essa cauda de magia que cunhou diversos termos como marketing digital, arte digital, vida digital, "blá blá blá" digital de todo tipo, felizmente está se dissolvendo. Apesar de sermos ainda bebês no aprendizado e uso dessa nova parafernália tecnológica que se impõe, estamos nos acostumando com as mudanças diárias, transformações constantes e compreendendo que esse é o novo ritmo, e que o digital não é mais algo separado de nossas vidas - ele também é parte delas, é uma continuação e complementação da nossa vida analógica.
            Não somos mais ON ou OFF - somos ON e OFF ao mesmo tempo, simbioticamente, formando um ser maior que o nosso corpo/cérebro biológico nos expandindo para todo tipo de dispositivo e abrangendo outras mentes e corpos. Somos cíbridos e vai se tornar cada vez mais difícil sermos apenas ON ou apenas OFF - nossa essência quer circular livremente, sem rótulos ou presas, para obter uma experiência melhor, uma vida melhor, seja ela ON ou OFF. Não precisamos mais sair de onde estamos para acessar uma máquina que nos leve para o ON. Hoje, e cada vez mais, o ON está com a gente onde quer que estejamos e, em breve, estará conectado direto no nosso cérebro.
Assim, todas as grandes tendências da comunicação e marketing vêm maravilhosamente contaminadas de integração ON e OFF - transmídia storytelling, redes sociais, vídeo, busca, realidade aumentada, cloud computing, crowdsourcing, geo-localização, tempo real, e tudo mais, é uma dança constante entre o ON e OFF que compõem o nosso cotidiano, nossas vidas.
E como aproveitar as oportunidades que essa nova dimensão do ser humano traz para o marketing? Com a estratégia mais antiga e simples possível - causando boas experiências, independente de serem ON ou OFF, em cada momento. No entanto, para que isso aconteça, existe uma palavra mágica: integração! Integração de plataformas, tecnologias, estratégias, conceitos, áreas, pessoas, tudo! Na minha opinião, esse é o maior desafio daqui pra frente.


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Profissões de Futuro – Tendências do Mercado de Trabalho




  20/06/09
Estudo da revista “@prender” revela as principais tendências mundiais de profissões e mercado de trabalho
Buscando trazer para o leitor o que há de consensual nos estudos prospectivos quanto ao futuro das profissões e do emprego no mundo, a Revista @prender pesquisou mais de 100 fontes de informações sobre o tema e selecionou as principais tendências mundiais quanto o mercado de trabalho e as profissões.
 









Consenso
Apesar da chamada da matéria referir-se ao que há de consensual nas opiniões dos especialistas quanto ao futuro das profissões e do mercado de trabalho, a primeira constatação a que chegamos, após a consulta a mais de uma centena de fontes, é que não há nenhum consenso sobre esse assunto.
Por um lado, encontramos os "profetas do apocalipse", pessimistas de carteirinha que acreditam em um futuro sombrio, com metade da população humana desempregada ou sub-empregada, vivendo em crises sociais constantes. Por outro lado, os crédulos que apostam em um futuro radiante, com oportunidades crescentes e a ociosidade sendo valorizada cada vez mais.
No meio do caminho há um grupo de especialistas mais cautelosos. Inseguros quanto às incertezas do futuro, preferem acompanhar as tendências e realizar análises baseadas em possíveis cenários. Para esses, há apenas uma certeza: empregos e profissões mudarão muito nas próximas décadas.

Ceticismo
Mesmo assim, não são todos os especialistas que concordam que as mudanças serão tão radicais. Para esses mais céticos, serão poucas as profissões realmente novas no futuro. O que mudará será a forma de se trabalhar e aumentará o leque de opções de carreira para cada profissão tradicional. Por exemplo, a profissão de jornalista será incrementada com todas as derivações das novas mídias, como a Internet e a teleconferência, o que possibilita a esse profissional múltiplos direcionamentos para a sua carreira, sem que se precise criar novas profissões para tal.
O professor de economia da USP e da Mackenzie, Dr. Roberto Macedo, utilizou uma metáfora para descrever a realidade profissional: "no mundo do trabalho navegamos, como um surfista, com a nossa competência como tal, mais a prancha, diploma ou profissão que escolhemos. Não temos, contudo, controle sobre as ondas de oportunidades que surgirão, nem mesmo se elas virão na praia profissional escolhida. Especular sobre as profissões do futuro é como teorizar sobre as ondas que virão. O correto é estar preparado para enfrentá-las, independentemente de suas características".

Paradoxo
O mais dramático paradoxo dessa época em que as taxas de desemprego aumentam em todo o mundo, é que as empresas apresentam, cada vez mais, uma carência crônica de mão-de-obra especializada. Vagas ociosas em diversas áreas por falta de pessoas capacitadas para ocupá-las e, o que é pior, as instituições de ensino não estão capacitadas para formar profissionais com o perfil necessário para preencher estas vagas.
Para o professor Gilson Schwartz, autor do livro "As Profissões do Futuro", "há nas empresas uma procura por trabalhadores que as escolas estão sendo incapazes de oferecer".

Esclarecimento
Existem duas distintas possibilidades de abordagem, que encontramos no decorrer de nossa pesquisa. Alguns especialistas, ao se referirem sobre esse tema, abordam as profissões do futuro de forma literal: são profissões que ainda não existem ou apenas estão começando a existir como tal. Para outros, o enfoque é mais nas profissões de futuro, ou seja, profissões tradicionais que se modificam e se ampliam, passando a ter maior valorização e oportunidades em um mercado globalizado.
O Mundo das Profissões
Entretenimento                                                                Essa é a palavra de ordem no mundo do futuro. Nove em cada 10 especialistas admitem que o entretenimento permeará a maior parte das atividades humanas. Da educação ao marketing, passando pela prestação de serviços e pelos ambientes de trabalho, para chegar finalmente ao turismo, seu carro chefe, o entretenimento estará presente no modo de se fazer as coisas em boa parte das profissões e do dia-a-dia do planeta nas próximas décadas. 

Autenticidade
Ainda na concepção do entretenimento como peça central da sociedade contemporânea haverá uma profunda reestruturação da concepção e do modus operandi do entretenimento. Aos poucos, o predomínio do cinema e da televisão perderá espaço para as atividades de diversão estruturada, como parques temáticos, acampamentos, esportes coletivos, entre outros. São atividades de "emoções planejadas", onde a pessoa paga para sentir determinado tipo de emoção, com total segurança e previsibilidade. Passado mais algum tempo, as pessoas se cansarão de tanto artificialismo e irão em busca de emoções mais autênticas. Experiências reais, de contato com pessoas "reais", com desfechos nada previsíveis, mas com riscos relativamente baixos.

Experiências
No campo das experiências "reais" é onde residem as maiores oportunidades profissionais do século XXI. Eis o grande desafio para a nossa criatividade. As emoções provocadas pelos filmes de Hollywood não serão mais suficientes. Elas agora precisam ser vivenciadas, experimentadas por todos os órgãos dos sentidos, não mais apenas pela visão.

A Era do Utilitarismo
Até mesmo a França, que se orgulhava outrora de ser a "mãe das letras e das artes", agora só pensa em eficiência, performance e utilidade. Para a professora emérita da FFLCH da USP - Leyla Perrone-Moisés, desde a Idade Média até meados do século 20, os estudos humanísticos, sobretudo nas suas vertentes filosóficas e literárias, ocuparam um lugar de honra nas universidades. "Os extraordinários avanços científicos e tecnológicos do século passado, recebidos não apenas como valiosos, mas também como prioritários, relegaram os estudos humanísticos a um lugar secundário. A globalização econômica e a consequente submissão de todos os países à lógica do mercado tendem agora a desferir o golpe definitivo contra esse tipo de estudo".

Cursos Tradicionais
Seja por questões culturais, por falta de conhecimento, por tradicionalismo ou por status, os cursos mais concorridos nas universidades não são os de melhores perspectivas profissionais, mas sim os mais tradicionais. Segundo o vice-reitor da Unesp, Profº Dr. Paulo Cezar Razuk, os "cursos mais concorridos são aqueles ligados as profissões mais tradicionais que, por sinal, algumas delas, a médio prazo, estarão fadadas ao desaparecimento".

Escolha da Carreira
Por imaturidade, desconhecimento, inexperiência e falta de apoio, o jovem brasileiro tem sérias dificuldade na escolha de sua carreira. A influência da família e de amigos, aliada a falta de informações são os fatores que mais pesam na tomada de decisão por parte do jovem vestibulando. Na dúvida, cheio de insegurança, mais de 70% dos jovens optam pelas carreiras tradicionais, já totalmente saturadas no mercado, como medicina, direito, engenharia, odontologia e outras mais. Caberia à escola o papel orientador, mas essa prefere presenciar inerte seus alunos lutando desesperadamente pela aprovação em um curso "tradicional", para amanhã estarem desempregados ou subempregados.

Diminuição da Importância do Diploma Universitário
Dois fatores serão os principais responsáveis pela perda de valor do diploma universitário enquanto instrumento de ascensão social e profissional: a conscientização da necessidade de educação permanente e as novas exigências do mercado de trabalho, como por exemplo: capacidade de aprendizado, assertividade, criatividade, adaptabilidade, flexibilidade e autodidatismo, que são habilidades de difícil mensuração, que não podem ser atestadas através de um diploma.

Setores de maior probabilidade de crescimento para as próximas décadas
·         Informática
·         Saúde
·         Meio Ambiente
·         Turismo, lazer e entretenimento
·         Biotecnologia
·         Administração
·         Tecnologia da Informação
·         Terceiro Setor
·         Educação
"Profissões do Futuro"
·         Administradores de Comunidades Virtuais
·         Engenheiros de Rede
·         Gestor de Segurança na Internet
·         Coordenadores de Projetos
·         Consultor de Carreiras
·         Coordenadores de Atividades de Lazer e Entretenimento
·         Designer e planejador de Games
·         Gestor de Patrocínios
·         Gestor de Empresas do Terceiro Setor
·         Especialista na preservação do Meio Ambiente
·         Engenharia Genética
·         Gerentes de Terceirização
·         Gestor de Relações com o Cliente
·         Especialista em Ensino a Distância (EAD)
·         Tecnólogo em Criogenia
Profissões de Futuro (com possibilidade de crescimento)
·         Turismo
·         Hotelaria
·         Sistema de Informações (Informática)
·         Comunicação Social
·         Moda
·         Administração
·         Gastronomia
·         Logística
·         Marketing
·         Telecomunicações
·         Comércio Exterior e Relações Internacionais

Realidade Americana
 
O Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA publicou recentemente um estudo de previsão das áreas de emprego que terão o maior crescimento nos próximos 10 anos. Informática está em primeiro lugar, e Saúde em segundo. Espera-se que o número de pessoas empregadas nas indústrias de computação dos EUA cresça de 1,2 milhão para 2,5 milhões nesse período, e o das pessoas empregadas na área de saúde, de 1,17 milhão para 1,97 milhão. Entre os dez cargos que crescerão mais rapidamente, nove serão gerados por esses dois setores: administradores de bases de dados e redes, engenheiros de computação, analistas de sistemas, assistentes de fisioterapia, assistentes de atenção doméstica (home care), assistentes médicos, fisioterapeutas e assistentes de terapia ocupacional. Os médicos não estão entre as carreiras que crescerão significativamente.

Situação do Brasil
Segundo o Professor José Pastore, caso a economia se mantenha estável, espera-se que sejam gerados uns 20 milhões de novas posições de trabalho até o ano 2005. Para Pastores, "a oferta será maior no setor de comércio e serviços que absorverá uns 62% da força de trabalho: a indústria responderá por 22% e agropecuária 16%. Portanto, dos 20 milhões de posições a serem criadas, 12,4 serão no comércio e serviços: 4,4 na indústria; e 3,2 na agricultura".
Ainda segundo Pastore, dentro do comércio e serviços, o que promete crescer mais são as profissões nos campos da saúde, educação, hospedagem, alimentação, lazer, seguros, administração, corretagem imobiliária, compra e venda - em especial, via telefone, Internet e fax e uma forte procura por profissionais ligados ao comércio internacional. De um modo geral, tenderão a aumentar as profissões que envolvam contato com outras pessoas - agentes de seguros, recepcionistas de hotel, garçons, maitres, professores, advogados, assistentes sociais, enfermeiros, paramédicos e profissionais que trabalham com crianças e velhos. 

Carreiras Inusitadas 1
A revista francesa Techniques Magazine, em edição de setembro do ano passado, publicou uma lista de 28 carreiras poucos comuns que, segundo ela, serão destaque nos últimos 10 a 25 anos. Entre elas se destacam Arqueólogo Submarino, Consultor de Lazer, Gerente de Centro de Informações, Tecnólogo em Bateria de Células Combustíveis Automotivas, Tecnólogo em Correio Eletrônico, Tecnólogo em Medicina Biônica e Terapeuta de Horticultura.

Carreiras Inusitadas 2
A revista americana Time publicou um caderno no mês de março desse ano em que apresenta, de forma bem humorada, suas previsões para as profissões do século XXI. Entre as previsões da Time estão:
(a) Engenheiro de Tecidos Celulares - que atuarão na fabricação de órgãos humanos artificiais;
(b) Programador de Genes - que trabalharão com o mapeamento e alterações no código genético dos seres vivos para evitar e combater doenças e desenvolver medicamentos;
(c) Farmofazendeiro - juntando as habilidades agrícolas com as farmacêuticas, esse profissional vai produzir grãos geneticamente modificados com a ajuda da engenharia genética;
(d) Organizadores de dados - profissional com a habilidade de organizar o turbilhão de informações que todos os dias é produzido por institutos de pesquisas, ONGs, governos, imprensa, universidades, e selecionar as informações necessárias, sintetizá-las e contextualizá-las;
(e) Atores e escritores virtuais - para atuarem em filmes e fotonovelas veiculados apenas na Internet;
(f) Engenheiros do conhecimento - profissionais capazes de criar inteligência artificial ou traduzir o expertise de especialistas e reproduzi-lo em softwares.

Diminuição da Duração dos Cursos no Ensino Superior
Acredita-se que em futuro próximo os cursos de graduação terão de um a três anos, no máximo, de forma que o indivíduo inicie seu processo profissional o quanto antes, mantendo a vida estudantil concomitantemente a vida profissional. Atualmente, mais da metade das pessoas que se formam no Ensino Superior dos EUA fizeram cursos de duração inferior a três anos. No Brasil, esse movimento tem início com o crescimento e popularização dos cursos sequenciais, que são cursos superiores de formação específica com duração de dois anos.

Cursos Sequenciais
Apesar das significativas possibilidades de crescimento dos cursos seqüenciais no Brasil, há uma grande preocupação com o mercado de trabalho para os egressos dessa modalidade de curso. Os que forem em áreas específicas, que não concorrem com a graduação, terão grandes chances de sucesso. Os que forem apenas uma "graduação" reduzida para dois anos, devem fracassar por não oferecer ao egresso condições adequadas para concorrer no mercado de trabalho.

Mercado de Trabalho
O encolhimento e o desaparecimento de diversos mercados de trabalho é um movimento que já vem sendo acompanhado há mais de duas décadas. Só agora, no entanto, ele se configura como irreversível. Não há governo ou sindicato que possa alterar esse quadro. Absolutamente nada poderá deter a marcha da imprevisibilidade. Profissões desaparecerão, mas novas oportunidades surgirão. O que as pessoas precisam entender é que as coisas não serão mais como eram antes. Uma carreira não tem como ser planejada para toda a vida. Já está longe o tempo em que passar no concurso do Banco do Brasil era garantia de segurança "eterna".
Para o Doutor em economia e articulista do jornal A Folha de São Paulo - Gilson Schwartz, o mercado de trabalho, no sentido convencional da expressão, sumiu. Para ele, esse "desaparecimento" do mercado pode ter sete diferentes significados:
·         Encolhimento do mercado, existindo menor oferta de empregos devido a retração da economia.  
·         Desaparecimento do mercado através da substituição de certas profissões por máquinas e computadores, ou ainda, pela eliminação do processo de intermediação. Por exemplo, já é previsto o fim dos agentes de viagens devido a gradativa eliminação da intermediação na compra de passagens.  
·         Flexibilização do mercado com as mudanças das leis trabalhistas e o aumento do trabalho realizado de forma "alternativa" ao convencional (CLT).  
·         Virtualização do mercado com a transferência de diversos serviços para dentro da Internet, como por exemplo, os serviços bancários, os serviços de representação comercial etc. 
·         Degradação do mercado pela perda do status de determinada profissão ou pela deteriorização progressiva de uma carreira, como por exemplo, a carreira de policial no Brasil.  
·         Barreiras etárias à entrada no mercado em função da dificuldade que trabalhadores acima de 45 anos encontram para conseguirem uma colocação profissional.  
·         Irrelevância do mercado, já que muitas pessoas estão encontrando outras formas de sobreviverem, livres e distantes do mercado formal de trabalho.

Emprego
Sonhar em achar um emprego que se adapte às suas preferências e qualificações está se tornando um conto de fadas. Não é mais o mercado que vai se adaptar ao seu perfil. Você precisa estar em constante mudança para adaptar-se ao perfil do mercado. O trabalhador precisa acompanhar as tendências e conjunturas e estar preparado para ir se adaptando a elas o tempo todo. Neofilia, o gosto pelo novo, pela mudança, é a palavra de ordem na seleção profissional.

Competências, Habilidades e Atitudes do Profissional do Século XXI
·         Capacidade de trabalhar em equipe
·         Domínio de idiomas
·         Domínio de informática
·         Autodidatismo
·         Reciclagens periódicas
·         Atualização permanente
·         Neofilia
·         Cidadania e responsabilidade social
·         Habilidade em tomada de decisão
·         Capacidade de aprender a aprender
·         Capacidade de associação de idéias
·         Liderança
·         Visão de Conjunto

Profissionais Multímodas
Além da competência e habilidades necessárias ao profissional do futuro, há um item de fundamental importância: o nível de abrangência das capacidades desse profissional. Os termos para designá-lo são muitos: profissional híbrido, multifuncional, polivalente, multímoda, interdisciplinar, entre outros. O que importa é que ele tenha a capacidade de expressar e aplicar seu conhecimento, competências e habilidades de muitas maneiras. Podemos apresentar como por exemplo de de profissional multímoda,, um nutricionista que está apto a dar consultoria pela Internet, realizar palestras sobre o tema que domina, fazer auditoria nas empresas em que atua e selecionar profissionais do ramo para atuar nos locais em que dá consultoria. 
 
Especulação
Temos o senso crítico necessário para saber que um texto como esse não passa de mera especulação. Mesmo embasada em evidências concretas e análises estatísticas, tentar prognosticar o futuro das profissões em um mundo em constantes mudanças, não tem como deixar de ser um exercício de especulação. Mas nem por isso deixa de ter sua utilidade. As grandes descobertas, inventos e negócios da humanidade no decorrer da história, vieram em situações onde seus atores tentaram antecipar o que estava por vir.
Mesmo com toda a especulação e incerteza, uma coisa pelo menos é certa. No mundo do futuro, haverá muito poucas oportunidades para a mão-de-obra desqualificada. Daí surge o mais promissor de todos os setores profissionais - o setor da Educação.
Esta matéria foi publicada na Revista Aprender

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