domingo, 23 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Televisão – a hora da qualidade Carlos Alberto Di Franco
Televisão
– a hora da qualidade
Carlos Alberto Di Franco
São Paulo (SP) - Os pontos de audiência
conquistados pelas emissoras de TV com a exibição de cenas de sexo e de
violência podem representar uma miragem para o mercado publicitário. O alerta
foi dado por uma pesquisa da Universidade americana (EUA).
O estudo detectou uma dupla ação das
chamadas “telas quentes”: ao mesmo tempo que atraem mais telespectadores, elas
inibem a memória do público na hora do intervalo comercial. Segundo o professor
Brad Bushman, coordenador da pesquisa Violence and Sex Impair Memory for
Television Ads (Violência e Sexo Prejudicam a Memória para Anúncios de
Televisão), “as propagandas veiculadas em programas sem sexo e sem violência, o
que chamamos de ‘neutros’, têm mais ‘recall’ do que os exibidos no intervalo de
filmes e seriados com esses elementos”.
A pesquisa constatou que telespectadores
dos programas neutros se lembram 67% mais dos comerciais exibidos durante a
programação do que aqueles que vêem programas com conteúdo violento e sexual. A
mesma sondagem feita 24 horas depois concluiu que telespectadores de programas
neutros se recordam 60% mais do que os outros. Conclusão: violência e sexo
certamente têm mais audiência, mas não vendem. Trata-se de um recurso antiético
e comercialmente incompetente.
O trabalho faz parte de um amplo estudo
de Bushman sobre a qualidade da programação. Na pesquisa anterior, o professor
concluiu que a repercussão social desses conteúdos não é apenas negativa para
anunciantes, mas para a sociedade. “A violência na TV contribui para o aumento
da violência e o sexo amplia as atitudes agressivas em relação ao amor, ao
próprio sexo e estimula a promiscuidade”, sublinha. O pesquisador acredita que
o resultado de seu estudo também deve promover uma revisão na percepção do
mercado publicitário, acostumado a valorizar os pontos no Ibope para anunciar.
“Isso é uma falácia. Mais do que uma grande audiência, o importante é que os
produtos sejam memorizados pelo público. E isso não ocorre”, conclui Bushman. Quer
dizer, programa de mulher pelada ou de violência gratuita pode produzir
descargas de adrenalina, mas não é o melhor espaço para a promoção de anúncios
publicitários.
A pesquisa do professor Bushman não é
inédita, mas é séria, fundamentada e completa. Vale, sem dúvida, uma reflexão.
Se quisermos uma TV de qualidade, precisamos separar o exercício da liberdade
de expressão da prática do entretenimento mundo-cão. Como salientou Arnaldo
Jabor, há uma liberdade de mercado que produz um ‘mercado da liberdade’. De
resto, mesmo que exista uma demanda de vulgaridade, deve-se aceder a ela?
Suponhamos que exista um público interessado em abuso sexual de crianças,
assassinatos ao vivo, crimes desse tipo. Nem por isso, a TV deveria ter
programas especializados em pedofilia e assassinatos. O mercado não é um juiz
inapelável. Não se deve atuar à margem dele, mas não se pode sobrevalorizá-lo.
Muita gente, dentro e fora da TV, está
empenhada na batalha da qualidade. A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos
Deputados, por exemplo, está liderando um movimento contra a má qualidade da
programação das emissoras. Com o slogan “Quem financia a baixaria é contra a
cidadania”, Orlando Fantazzini, deputado federal (PT-SP) e presidente da
comissão, quer incentivar os consumidores a não comprarem produtos das empresas
que patrocinam esses programas. A idéia é criar uma espécie de selo de
qualidade. Os produtores e patrocinadores de programas de baixo nível são
informados a respeito da desqualificação dos seus programas. A falta de ética
pode pesar no bolso. É um bom começo. Democrático e legítimo. No próximo
dia 19 (N.E. 19/11/2004), em Curitiba, participarei com o deputado Fantazzini
de um debate sobre os rumos da TV brasileira. O evento será promovido pelo
Instituto de Ensino e Fomento – IEF ( www.ief.org.br). A discussão, aberta e
serena, trará, estou certo, uma contribuição positiva para a melhora da
qualidade ética da TV.
Vejamos televisão, mas não sejamos
teledependentes. E, sobretudo, cobremos qualidade. A programação piora quando o
exercício da cidadania encolhe. A TV não mudará com anacrônicos apelos ao
retorno da censura nem com o pessimismo amargo dos moralistas de sempre.
Melhorará, sim, com a crítica racional, fundamentada e bem-intencionada dos que
estão de bem com a vida. Você, caro leitor, pode fazer muito.
Disponível:
http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo311.shtml. Acesso: 12/11/12.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Questões de Filosofia - Vestibular UNISC/2013
(UNISC-2013)
31.
“A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os
fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência
cotidiana, sem antes tê-los investigado, examinado e compreendido”, define:
a) a
Ciência.
b) a Filosofia.
c) a
Arte.
d) a
Moral.
e) a
Ética.
(UNISC-2013)
32.
Na sua obra Ética a Nicômaco, Aristóteles afirma que o bem mais alto, o fim
supremo da existência humana é a felicidade. Escreveu ele:
“A
julgar pela vida que os homens levam em geral, a maioria deles, parecem
identificar o bem ou a felicidade com o prazer. Pode-se dizer, com efeito, que
existem três tipos principais de vida: a que acabamos de mencionar, a vida
política e a contemplativa. A grande maioria dos homens se mostra em tudo igual
aos escravos, preferindo uma vida bestial. As pessoas de grande refinamento e
índole ativa identificam a felicidade com a honra; pois a honra é, em suma, a
finalidade da atividade política. Quanto à vida consagrada ao ganho, é uma vida
forçada, e a riqueza não é evidentemente o bem que procuramos: é algo de útil,
nada mais, e ambicionado no interesse de outra coisa”.
Leia
as seguintes afirmativas sobre o trecho que acabamos de citar.
I-
Aristóteles considera que, se os seres humanos levassem uma vida dedicada ao
prazer, eles não difeririam muito dos animais.
II-
Para Aristóteles, a finalidade da atividade política é a conquista do poder.
III-
Segundo Aristóteles, a felicidade resulta da posse de riquezas.
IV-
Pode-se inferir, a partir da leitura do texto, que, para Aristóteles, se o
homem pudesse conseguir a felicidade, ela se encontraria na vida contemplativa.
V-
Aristóteles dá mais valor a uma vida dedicada à honra que àquela voltada ao
prazer.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I está correta.
b)
Somente as
afirmativas I, IV e V estão corretas.
c) Somente a afirmativa IV está correta.
d) Somente as afirmativas I, II e III
estão corretas.
e) Somente
a afirmativa V está correta.
(UNISC-2013)
32. A República, de Platão, é
um diálogo que pode ser localizado no “período intermediário” da escritura de
Platão. É lá que ele dá consistência à Teoria das Ideias e, especialmente, discute a forma da Justiça e
suas implicações éticas. A partir de
que mito, contado por Glauco, tem-se a exposição da tese de que os homens só
são justos/éticos porque temem o castigo que lhes seria imputado?
a)O mito da caverna.
b)O mito de Er.
c)O mito do Anel de Giges.
d)O mito das três almas.
e) Nenhuma
das respostas se aplica ao que foi perguntado.
Cibridismo: ON e OFF line ao mesmo tempo
Cibridismo: ON e OFF line ao mesmo tempo
Essa barreira entre ON e OFF foi se
dissolvendo aos poucos conforme as tecnologias móveis começaram a popular o
cenário social.
Em meio a tantas tendências que emergem em
função da intensa aceleração da penetração de novas tecnologias na sociedade,
acredito que a que permeia tudo é a integração do online e do offline. Há dez
anos éramos predominantemente OFF. Nos últimos anos, começamos a nos tornar ON.
No entanto, até recentemente existia uma separação física necessária entre ON e
OFF, pois para estar ON, precisávamos usar um equipamento fixo que nos
transportava para o lá. Essa barreira entre ON e OFF foi se dissolvendo aos
poucos conforme as tecnologias móveis começaram a popular o cenário social, e
muita gente ainda não percebeu que isso já é realidade.
Na última década, ficamos encantados
com as novas tecnologias e suas possibilidades, e a atenção estava em tentar
entender esse momento mágico, de ser ON. Como bem colocado na terceira lei das
previsões, de Arthur Clarke, "toda tecnologia suficientemente avançada é
indistinguível de mágica". Essa cauda de magia que cunhou diversos termos
como marketing digital, arte digital, vida digital, "blá blá blá"
digital de todo tipo, felizmente está se dissolvendo. Apesar de sermos ainda
bebês no aprendizado e uso dessa nova parafernália tecnológica que se impõe,
estamos nos acostumando com as mudanças diárias, transformações constantes e
compreendendo que esse é o novo ritmo, e que o digital não é mais algo separado
de nossas vidas - ele também é parte delas, é uma continuação e complementação
da nossa vida analógica.
Não somos mais ON ou OFF - somos ON
e OFF ao mesmo tempo, simbioticamente, formando um ser maior que o nosso
corpo/cérebro biológico nos expandindo para todo tipo de dispositivo e
abrangendo outras mentes e corpos. Somos cíbridos e vai se tornar cada vez mais
difícil sermos apenas ON ou apenas OFF - nossa essência quer circular
livremente, sem rótulos ou presas, para obter uma experiência melhor, uma vida
melhor, seja ela ON ou OFF. Não precisamos mais sair de onde estamos para
acessar uma máquina que nos leve para o ON. Hoje, e cada vez mais, o ON está
com a gente onde quer que estejamos e, em breve, estará conectado direto no
nosso cérebro.
Assim, todas as grandes tendências da
comunicação e marketing vêm maravilhosamente contaminadas de integração ON e
OFF - transmídia storytelling, redes sociais, vídeo, busca, realidade
aumentada, cloud computing, crowdsourcing, geo-localização, tempo real, e tudo
mais, é uma dança constante entre o ON e OFF que compõem o nosso cotidiano,
nossas vidas.
E como aproveitar as oportunidades que essa
nova dimensão do ser humano traz para o marketing? Com a estratégia mais antiga
e simples possível - causando boas experiências, independente de serem ON ou
OFF, em cada momento. No entanto, para que isso aconteça, existe uma palavra
mágica: integração! Integração de plataformas, tecnologias, estratégias,
conceitos, áreas, pessoas, tudo! Na minha opinião, esse é o maior desafio daqui
pra frente.
Disponível:
http://www.cidademarketing.com.br/2009/ar/162/cibridismo-on-e-off-line-ao-mesmo-tempo.html.
Acesso: 10/12/12
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Profissões de Futuro – Tendências do Mercado de Trabalho
20/06/09
Estudo da revista “@prender” revela as principais
tendências mundiais de profissões e mercado de trabalho
Buscando
trazer para o leitor o que há de consensual nos estudos prospectivos quanto ao
futuro das profissões e do emprego no mundo, a Revista @prender pesquisou mais
de 100 fontes de informações sobre o tema e selecionou as principais tendências
mundiais quanto o mercado de trabalho e as profissões.
Consenso
Apesar da chamada da matéria referir-se ao que há de
consensual nas opiniões dos especialistas quanto ao futuro das profissões e do
mercado de trabalho, a primeira constatação a que chegamos, após a consulta a
mais de uma centena de fontes, é que não há nenhum consenso sobre esse assunto.
Por um lado, encontramos os "profetas do
apocalipse", pessimistas de carteirinha que acreditam em um futuro
sombrio, com metade da população humana desempregada ou sub-empregada, vivendo
em crises sociais constantes. Por outro lado, os crédulos que apostam em um
futuro radiante, com oportunidades crescentes e a ociosidade sendo valorizada
cada vez mais.
No meio do caminho há um grupo de especialistas mais
cautelosos. Inseguros quanto às incertezas do futuro, preferem acompanhar as
tendências e realizar análises baseadas em possíveis cenários. Para esses, há
apenas uma certeza: empregos e profissões mudarão muito nas próximas décadas.
Ceticismo
Mesmo assim, não são todos os especialistas que
concordam que as mudanças serão tão radicais. Para esses mais céticos, serão
poucas as profissões realmente novas no futuro. O que mudará será a forma de se trabalhar e
aumentará o leque de opções de carreira para cada profissão tradicional. Por
exemplo, a profissão de jornalista será incrementada com todas as derivações
das novas mídias, como a Internet e a teleconferência, o que possibilita a esse
profissional múltiplos direcionamentos para a sua carreira, sem que se precise
criar novas profissões para tal.
O professor de economia da USP e da Mackenzie, Dr.
Roberto Macedo, utilizou uma metáfora para descrever a realidade profissional:
"no mundo do trabalho navegamos, como um surfista, com a nossa competência
como tal, mais a prancha, diploma ou profissão que escolhemos. Não temos,
contudo, controle sobre as ondas de oportunidades que surgirão, nem mesmo se
elas virão na praia profissional escolhida. Especular sobre as profissões do
futuro é como teorizar sobre as ondas que virão. O correto é estar preparado
para enfrentá-las, independentemente de suas características".
Paradoxo
O mais dramático paradoxo dessa época em que as
taxas de desemprego aumentam em todo o mundo, é que as empresas apresentam,
cada vez mais, uma carência crônica de mão-de-obra especializada. Vagas ociosas
em diversas áreas por falta de pessoas capacitadas para ocupá-las e, o que é
pior, as instituições de ensino não estão capacitadas para formar profissionais
com o perfil necessário para preencher estas vagas.
Para o professor Gilson Schwartz, autor do livro "As Profissões do Futuro", "há nas empresas uma procura por trabalhadores que as escolas estão sendo incapazes de oferecer".
Esclarecimento
Para o professor Gilson Schwartz, autor do livro "As Profissões do Futuro", "há nas empresas uma procura por trabalhadores que as escolas estão sendo incapazes de oferecer".
Esclarecimento
Existem duas distintas possibilidades de abordagem,
que encontramos no decorrer de nossa pesquisa. Alguns especialistas, ao se
referirem sobre esse tema, abordam as profissões do futuro de forma literal:
são profissões que ainda não existem ou apenas estão começando a existir como
tal. Para outros, o enfoque é mais nas profissões de futuro, ou seja,
profissões tradicionais que se modificam e se ampliam, passando a ter maior
valorização e oportunidades em um mercado globalizado.
O Mundo das Profissões

Autenticidade
Ainda na concepção do entretenimento como peça central da sociedade contemporânea haverá uma profunda reestruturação da concepção e do modus operandi do entretenimento. Aos poucos, o predomínio do cinema e da televisão perderá espaço para as atividades de diversão estruturada, como parques temáticos, acampamentos, esportes coletivos, entre outros. São atividades de "emoções planejadas", onde a pessoa paga para sentir determinado tipo de emoção, com total segurança e previsibilidade. Passado mais algum tempo, as pessoas se cansarão de tanto artificialismo e irão em busca de emoções mais autênticas. Experiências reais, de contato com pessoas "reais", com desfechos nada previsíveis, mas com riscos relativamente baixos.
Ainda na concepção do entretenimento como peça central da sociedade contemporânea haverá uma profunda reestruturação da concepção e do modus operandi do entretenimento. Aos poucos, o predomínio do cinema e da televisão perderá espaço para as atividades de diversão estruturada, como parques temáticos, acampamentos, esportes coletivos, entre outros. São atividades de "emoções planejadas", onde a pessoa paga para sentir determinado tipo de emoção, com total segurança e previsibilidade. Passado mais algum tempo, as pessoas se cansarão de tanto artificialismo e irão em busca de emoções mais autênticas. Experiências reais, de contato com pessoas "reais", com desfechos nada previsíveis, mas com riscos relativamente baixos.
Experiências
No campo das experiências "reais" é onde residem as maiores oportunidades profissionais do século XXI. Eis o grande desafio para a nossa criatividade. As emoções provocadas pelos filmes de Hollywood não serão mais suficientes. Elas agora precisam ser vivenciadas, experimentadas por todos os órgãos dos sentidos, não mais apenas pela visão.
No campo das experiências "reais" é onde residem as maiores oportunidades profissionais do século XXI. Eis o grande desafio para a nossa criatividade. As emoções provocadas pelos filmes de Hollywood não serão mais suficientes. Elas agora precisam ser vivenciadas, experimentadas por todos os órgãos dos sentidos, não mais apenas pela visão.
A Era do Utilitarismo
Até mesmo a França, que se orgulhava outrora de ser
a "mãe das letras e das artes", agora só pensa em eficiência,
performance e utilidade. Para a professora emérita da FFLCH da USP - Leyla
Perrone-Moisés, desde a Idade Média até meados do século 20, os estudos
humanísticos, sobretudo nas suas vertentes filosóficas e literárias, ocuparam
um lugar de honra nas universidades. "Os extraordinários avanços
científicos e tecnológicos do século passado, recebidos não apenas como
valiosos, mas também como prioritários, relegaram os estudos humanísticos a um
lugar secundário. A
globalização econômica e a consequente submissão de todos os países à lógica do
mercado tendem agora a desferir o golpe definitivo contra esse tipo de
estudo".
Cursos Tradicionais
Cursos Tradicionais
Seja por questões culturais, por falta de
conhecimento, por tradicionalismo ou por status, os cursos mais concorridos nas
universidades não são os de melhores perspectivas profissionais, mas sim os
mais tradicionais. Segundo o vice-reitor da Unesp, Profº Dr. Paulo Cezar Razuk,
os "cursos mais concorridos são aqueles ligados as profissões mais
tradicionais que, por sinal, algumas delas, a médio prazo, estarão fadadas ao
desaparecimento".
Escolha da Carreira
Por imaturidade, desconhecimento, inexperiência e
falta de apoio, o jovem brasileiro tem sérias dificuldade na escolha de sua
carreira. A influência da família e de amigos, aliada a falta de informações
são os fatores que mais pesam na tomada de decisão por parte do jovem
vestibulando. Na dúvida, cheio de insegurança, mais de 70% dos jovens optam
pelas carreiras tradicionais, já totalmente saturadas no mercado, como
medicina, direito, engenharia, odontologia e outras mais. Caberia à escola o
papel orientador, mas essa prefere presenciar inerte seus alunos lutando
desesperadamente pela aprovação em um curso "tradicional", para
amanhã estarem desempregados ou subempregados.
Diminuição da Importância do Diploma Universitário
Dois fatores serão os principais responsáveis pela
perda de valor do diploma universitário enquanto instrumento de ascensão social
e profissional: a conscientização da necessidade de educação permanente e as
novas exigências do mercado de trabalho, como por exemplo: capacidade de
aprendizado, assertividade, criatividade, adaptabilidade, flexibilidade e
autodidatismo, que são habilidades de difícil mensuração, que não podem ser
atestadas através de um diploma.
Setores de maior probabilidade de crescimento para as próximas décadas
·
Informática
·
Saúde
·
Meio Ambiente
·
Turismo, lazer e entretenimento
·
Biotecnologia
·
Administração
·
Tecnologia da Informação
·
Terceiro Setor
·
Educação
"Profissões do Futuro"
·
Administradores de Comunidades Virtuais
·
Engenheiros de Rede
·
Gestor de Segurança na Internet
·
Coordenadores de Projetos
·
Consultor de Carreiras
·
Coordenadores de Atividades de Lazer e
Entretenimento
·
Designer e planejador de Games
·
Gestor de Patrocínios
·
Gestor de Empresas do Terceiro Setor
·
Especialista na preservação do Meio Ambiente
·
Engenharia Genética
·
Gerentes de Terceirização
·
Gestor de Relações com o Cliente
·
Especialista em Ensino a Distância (EAD)
·
Tecnólogo em Criogenia
Profissões de Futuro (com possibilidade de crescimento)
·
Turismo
·
Hotelaria
·
Sistema de Informações (Informática)
·
Comunicação Social
·
Moda
·
Administração
·
Gastronomia
·
Logística
·
Marketing
·
Telecomunicações
·
Comércio Exterior e Relações Internacionais
Realidade Americana
O Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA publicou recentemente um estudo de previsão das áreas de emprego que terão o maior crescimento nos próximos 10 anos. Informática está em primeiro lugar, e Saúde em segundo. Espera-se que o número de pessoas empregadas nas indústrias de computação dos EUA cresça de 1,2 milhão para 2,5 milhões nesse período, e o das pessoas empregadas na área de saúde, de 1,17 milhão para 1,97 milhão. Entre os dez cargos que crescerão mais rapidamente, nove serão gerados por esses dois setores: administradores de bases de dados e redes, engenheiros de computação, analistas de sistemas, assistentes de fisioterapia, assistentes de atenção doméstica (home care), assistentes médicos, fisioterapeutas e assistentes de terapia ocupacional. Os médicos não estão entre as carreiras que crescerão significativamente.
Situação do Brasil
Segundo o Professor José Pastore, caso a economia se
mantenha estável, espera-se que sejam gerados uns 20 milhões de novas posições
de trabalho até o ano 2005. Para Pastores, "a oferta será maior no setor
de comércio e serviços que absorverá uns 62% da força de trabalho: a indústria
responderá por 22% e agropecuária 16%. Portanto, dos 20 milhões de posições a
serem criadas, 12,4 serão no comércio e serviços: 4,4 na indústria; e 3,2 na
agricultura".
Ainda segundo Pastore, dentro do comércio e
serviços, o que promete crescer mais são as profissões nos campos da saúde,
educação, hospedagem, alimentação, lazer, seguros, administração, corretagem
imobiliária, compra e venda - em especial, via telefone, Internet e fax e uma
forte procura por profissionais ligados ao comércio internacional. De um modo
geral, tenderão a aumentar as profissões que envolvam contato com outras
pessoas - agentes de seguros, recepcionistas de hotel, garçons, maitres,
professores, advogados, assistentes sociais, enfermeiros, paramédicos e
profissionais que trabalham com crianças e velhos.
Carreiras Inusitadas 1
A revista francesa Techniques Magazine, em edição de
setembro do ano passado, publicou uma lista de 28 carreiras poucos comuns que,
segundo ela, serão destaque nos últimos 10 a 25 anos. Entre elas se destacam
Arqueólogo Submarino, Consultor de Lazer, Gerente de Centro de Informações,
Tecnólogo em Bateria de Células Combustíveis Automotivas, Tecnólogo em Correio
Eletrônico, Tecnólogo em Medicina Biônica e Terapeuta de Horticultura.
Carreiras Inusitadas 2
A revista americana Time publicou um caderno no mês
de março desse ano em que apresenta, de forma bem humorada, suas previsões para
as profissões do século XXI. Entre as previsões da Time estão:
(a) Engenheiro de Tecidos Celulares - que atuarão na
fabricação de órgãos humanos artificiais;
(b) Programador de Genes - que trabalharão com o
mapeamento e alterações no código genético dos seres vivos para evitar e
combater doenças e desenvolver medicamentos;
(c) Farmofazendeiro - juntando as habilidades
agrícolas com as farmacêuticas, esse profissional vai produzir grãos
geneticamente modificados com a ajuda da engenharia genética;
(d) Organizadores de dados - profissional com a
habilidade de organizar o turbilhão de informações que todos os dias é
produzido por institutos de pesquisas, ONGs, governos, imprensa, universidades,
e selecionar as informações necessárias, sintetizá-las e contextualizá-las;
(e) Atores e escritores virtuais - para atuarem em
filmes e fotonovelas veiculados apenas na Internet;
(f) Engenheiros do conhecimento - profissionais
capazes de criar inteligência artificial ou traduzir o expertise de
especialistas e reproduzi-lo em softwares.
Diminuição da Duração dos Cursos no Ensino
Superior
Acredita-se que em futuro próximo os cursos de
graduação terão de um a três anos, no máximo, de forma que o indivíduo inicie
seu processo profissional o quanto antes, mantendo a vida estudantil
concomitantemente a vida profissional. Atualmente, mais da metade das pessoas
que se formam no Ensino Superior dos EUA fizeram cursos de duração inferior a
três anos. No Brasil, esse movimento tem início com o crescimento e
popularização dos cursos sequenciais, que são cursos superiores de formação
específica com duração de dois anos.
Cursos Sequenciais
Apesar das significativas possibilidades de
crescimento dos cursos seqüenciais no Brasil, há uma grande preocupação com o
mercado de trabalho para os egressos dessa modalidade de curso. Os que forem em
áreas específicas, que não concorrem com a graduação, terão grandes chances de
sucesso. Os que forem apenas uma "graduação" reduzida para dois anos,
devem fracassar por não oferecer ao egresso condições adequadas para concorrer
no mercado de trabalho.
Mercado de Trabalho
O encolhimento e o desaparecimento de diversos
mercados de trabalho é um movimento que já vem sendo acompanhado há mais de
duas décadas. Só agora, no entanto, ele se configura como irreversível. Não há
governo ou sindicato que possa alterar esse quadro. Absolutamente nada poderá
deter a marcha da imprevisibilidade. Profissões desaparecerão, mas novas
oportunidades surgirão. O que as pessoas precisam entender é que as coisas não
serão mais como eram antes. Uma carreira não tem como ser planejada para toda a
vida. Já está longe o tempo em que passar no concurso do Banco do Brasil era
garantia de segurança "eterna".
Para o Doutor em economia e articulista do jornal A
Folha de São Paulo - Gilson Schwartz, o mercado de trabalho, no sentido
convencional da expressão, sumiu. Para ele, esse "desaparecimento" do
mercado pode ter sete diferentes significados:
·
Encolhimento do mercado, existindo menor oferta de
empregos devido a retração da economia.
·
Desaparecimento do mercado através da substituição
de certas profissões por máquinas e computadores, ou ainda, pela eliminação do
processo de intermediação. Por exemplo, já é previsto o fim dos agentes de
viagens devido a gradativa eliminação da intermediação na compra de passagens.
·
Flexibilização do mercado
com as mudanças das leis trabalhistas e o aumento do trabalho realizado de
forma "alternativa" ao convencional (CLT).
·
Virtualização do mercado com a transferência de
diversos serviços para dentro da Internet, como por exemplo, os serviços
bancários, os serviços de representação comercial etc.
·
Degradação do mercado pela perda do status de
determinada profissão ou pela deteriorização progressiva de uma carreira, como
por exemplo, a carreira de policial no Brasil.
·
Barreiras etárias à entrada no mercado em função da
dificuldade que trabalhadores acima de 45 anos encontram para conseguirem uma
colocação profissional.
·
Irrelevância do mercado, já que muitas pessoas estão
encontrando outras formas de sobreviverem, livres e distantes do mercado formal
de trabalho.
Emprego
Sonhar em achar um emprego que se adapte às suas preferências e qualificações está se tornando um conto de fadas. Não é mais o mercado que vai se adaptar ao seu perfil. Você precisa estar em constante mudança para adaptar-se ao perfil do mercado. O trabalhador precisa acompanhar as tendências e conjunturas e estar preparado para ir se adaptando a elas o tempo todo. Neofilia, o gosto pelo novo, pela mudança, é a palavra de ordem na seleção profissional.
Sonhar em achar um emprego que se adapte às suas preferências e qualificações está se tornando um conto de fadas. Não é mais o mercado que vai se adaptar ao seu perfil. Você precisa estar em constante mudança para adaptar-se ao perfil do mercado. O trabalhador precisa acompanhar as tendências e conjunturas e estar preparado para ir se adaptando a elas o tempo todo. Neofilia, o gosto pelo novo, pela mudança, é a palavra de ordem na seleção profissional.
Competências, Habilidades e Atitudes do Profissional do Século XXI
·
Capacidade de trabalhar em equipe
·
Domínio de idiomas
·
Domínio de informática
·
Autodidatismo
·
Reciclagens periódicas
·
Atualização permanente
·
Neofilia
·
Cidadania e responsabilidade social
·
Habilidade em tomada de decisão
·
Capacidade de aprender a aprender
·
Capacidade de associação de idéias
·
Liderança
·
Visão de Conjunto
Profissionais Multímodas
Além da competência e habilidades necessárias ao
profissional do futuro, há um item de fundamental importância: o nível de
abrangência das capacidades desse profissional. Os termos para designá-lo são
muitos: profissional híbrido, multifuncional, polivalente, multímoda,
interdisciplinar, entre outros. O que importa é que ele tenha a capacidade de
expressar e aplicar seu conhecimento, competências e habilidades de muitas
maneiras. Podemos apresentar como por exemplo de de profissional multímoda,, um
nutricionista que está apto a dar consultoria pela Internet, realizar palestras
sobre o tema que domina, fazer auditoria nas empresas em que atua e selecionar
profissionais do ramo para atuar nos locais em que dá consultoria.
Especulação
Temos o senso crítico necessário para saber que um texto como esse não passa de mera especulação. Mesmo embasada em evidências concretas e análises estatísticas, tentar prognosticar o futuro das profissões em um mundo em constantes mudanças, não tem como deixar de ser um exercício de especulação. Mas nem por isso deixa de ter sua utilidade. As grandes descobertas, inventos e negócios da humanidade no decorrer da história, vieram em situações onde seus atores tentaram antecipar o que estava por vir.
Mesmo com toda a especulação e incerteza, uma coisa pelo menos é certa. No mundo do futuro, haverá muito poucas oportunidades para a mão-de-obra desqualificada. Daí surge o mais promissor de todos os setores profissionais - o setor da Educação.
Esta matéria foi publicada na Revista Aprender
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